segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Dengue tipo 5 é descoberta na Ásia

Cientistas americanos descobriram um novo tipo de vírus da dengue na Ásia.
De acordo com o comentarista de saúde do Bom Dia Brasil, Luis Fernando Correia, cientistas da Universidade do Texas receberam amostras de sangue de uma epidemia de dengue ocorrida em 2007 na Malásia. Estudando esse sangue, els encontraram um tipo completamente diferentes dos outros quatro já conhecidos. Após a análise genética, foi confirmado e apresentado num congresso na Tailândia esta semana este quinto tipo de vírus da dengue.
A dengue é um problema no Brasil. Só em 2013, 1,4 milhão de casos foram registrados. E 530 pessoas morreram. Dois terços dos casos (66,9%) são do Sudeste. Qual o perigo desse quinto vírus para o Brasil?
Existem oficialmente cinco tipos de dengue. Mas, por enquanto, este quinto tipo só foi encontrado na Malásia. "A gente não tem a avaliação do impacto clínico sobre as pessoas, mesmo do outro lado do mundo. Então, não devemos nos preocupar com isso agora. O mais importante é se preocupar com os quatro tipos de dengue já existentes no Brasil. E como ainda não temos vacina disponível, temos que evitar a proliferação do mosquito", ressalta o Dr. Luís Fernando. 
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, disse que está acompanhando os estudos sobre a dengue, incluindo a do tipo 5, e que a descoberta do novo vírus não vai trazer impactos para as pesquisas já em curso para o desenvolvimento de uma vacina.

Para reduzir dengue, biofábrica solta mosquitos transgênicos

No começo da noite de uma quinta-feira de setembro, a rodoviária de Juazeiro da Bahia era o retrato da desolação. No saguão mal iluminado, funcionavam um box cuja especialidade é caldo de carne, uma lanchonete de balcão comprido, ornado por salgados, biscoitos e batata chips, e um único guichê – com perturbadoras nuvens de mosquitos sobre as cabeças de quem aguardava para comprar passagens para pequenas cidades ou capitais nordestinas.
Assentada à beira do rio São Francisco, na fronteira entre Pernambuco e Bahia, Juazeiro já foi uma cidade cortada por córregos, afluentes de um dos maiores rios do País. Hoje, tem mais de 200 mil habitantes, compõe o maior aglomerado urbano do semiárido nordestino ao lado de Petrolina – com a qual soma meio milhão de pessoas – e é infestada por muriçocas (ou pernilongos, se preferir). Os cursos de água que drenavam pequenas nascentes viraram esgotos a céu aberto, extensos criadouros do inseto, tradicionalmente combatidos com inseticida e raquete elétrica, ou janelas fechadas com ar condicionado para os mais endinheirados.
Mas os moradores de Juazeiro não espantam só muriçocas nesse início de primavera. A cidade é o centro de testes de uma nova técnica científica que utiliza Aedes aegypti transgênicos para combater a dengue, doença transmitida pela espécie. Desenvolvido pela empresa britânica de biotecnologia Oxitec, o método consiste basicamente na inserção de um gene letal nos mosquitos machos que, liberados em grande quantidade no meio ambiente, copulam com as fêmeas selvagens e geram uma cria programada para morrer. Assim, se o experimento funcionar, a morte prematura das larvas reduz progressivamente a população de mosquitos dessa espécie.
A técnica é a mais nova arma para combater uma doença que não só resiste como avança sobre os métodos até então empregados em seu controle. A Organização Mundial de Saúde estima que possam haver de 50 a 100 milhões de casos de dengue por ano no mundo. No Brasil, a doença é endêmica, com epidemias anuais em várias cidades, principalmente nas grandes capitais. Em 2012, somente entre os dias 1º de janeiro e 16 de fevereiro, foram registrados mais de 70 mil casos no País. Em 2013, no mesmo período, o número praticamente triplicou, passou para 204 mil casos. Este ano, até agora, 400 pessoas já morreram de dengue no Brasil.
Em Juazeiro, o método de patente britânica é testado pela organização social Moscamed, que reproduz e libera ao ar livre os mosquitos transgênicos desde 2011. Na biofábrica montada no município e que tem capacidade para produzir até 4 milhões de mosquitos por semana, toda cadeia produtiva do inseto transgênico é realizada – exceção feita à modificação genética propriamente dita, executada nos laboratórios da Oxitec, em Oxford. Larvas transgênicas foram importadas pela Moscamed e passaram a ser reproduzidas nos laboratórios da instituição.
Os testes desde o início são financiados pela Secretaria da Saúde da Bahia – com o apoio institucional da secretaria de Juazeiro – e no último mês de julho se estenderam ao município de Jacobina, na extremidade norte da Chapada Diamantina. Na cidade serrana de aproximadamente 80 mil habitantes, a Moscamed põe à prova a capacidade da técnica de “suprimir” (a palavra usada pelos cientistas para exterminar toda a população de mosquitos) o Aedes aegypti em toda uma cidade, já que em Juazeiro a estratégia se mostrou eficaz, mas limitada por enquanto a dois bairros.
“Os resultados de 2011 e 2012 mostraram que (a técnica) realmente funcionava bem. E a convite e financiados pelo Governo do Estado da Bahia resolvemos avançar e irmos pra Jacobina. Agora não mais como piloto, mas fazendo um teste pra realmente eliminar a população (de mosquitos)”, fala Aldo Malavasi, professor aposentado do Departamento de Genética do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e atual presidente da Moscamed. A USP também integra o projeto.
Malavasi trabalha na região desde 2006, quando a Moscamed foi criada para combater uma praga agrícola, a mosca-das-frutas, com técnica parecida – a Técnica do Inseto Estéril. A lógica é a mesma: produzir insetos estéreis para copular com as fêmeas selvagens e assim reduzir gradativamente essa população. A diferença está na forma como estes insetos são esterilizados. Ao invés de modificação genética, radiação. A TIE é usada largamente desde a década de 1970, principalmente em espécies consideradas ameaças à agricultura. O problema é que até agora a tecnologia não se adequava a mosquitos como o Aedes aegypti, que não resistiam de forma satisfatória à radiação.
O plano de comunicação
As primeiras liberações em campo do Aedes transgênico foram realizadas nas Ilhas Cayman, entre o final de 2009 e 2010. O território britânico no Caribe, formado por três ilhas localizadas ao Sul de Cuba, se mostrou não apenas um paraíso fiscal (existem mais empresas registradas nas ilhas do que seus 50 mil habitantes), mas também espaço propício para a liberação dos mosquitos transgênicos, devido à ausência de leis de biossegurança. As Ilhas Cayman não são signatárias do Procolo de Cartagena, o principal documento internacional sobre o assunto, nem são cobertas pela Convenção de Aarthus – aprovada pela União Europeia e da qual o Reino Unido faz parte – que versa sobre o acesso à informação, participação e justiça nos processos de tomada de decisão sobre o meio ambiente.
Ao invés da publicação e consulta pública prévia sobre os riscos envolvidos no experimento, como exigiriam os acordos internacionais citados, os cerca de 3 milhões de mosquitos soltos no clima tropical das Ilhas Cayman ganharam o mundo sem nenhum processo de debate ou consulta pública. A autorização foi concedida exclusivamente pelo Departamento de Agricultura das Ilhas. Parceiro local da Oxitec nos testes, a Mosquito Research & Control Unit (Unidade de Pesquisa e Controle de Mosquito) postou um vídeo promocional sobre o assunto apenas em outubro de 2010, ainda assim sem mencionar a natureza transgênica dos mosquitos. O vídeo foi divulgado exatamente um mês antes da apresentação dos resultados dos experimentos pela própria Oxitec no encontro anual da American Society of Tropical Medicine and Hygiene(Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene), nos Estados Unidos.
A comunidade científica se surpreendeu com a notícia de que as primeiras liberações no mundo de insetos modificados geneticamente já haviam sido realizadas, sem que os próprios especialistas no assunto tivessem conhecimento. A surpresa se estendeu ao resultado: segundo os dados da Oxitec, os experimentos haviam atingido 80% de redução na população de Aedes aegypti nas Ilhas Cayman. O número confirmava para a empresa que a técnica criada em laboratório poderia ser de fato eficiente. Desde então, novos testes de campo passaram a ser articulados em outros países – notadamente subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, com clima tropical e problemas históricos com a dengue.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Instituto Butantan recruta 50 voluntarios para testar vacina nacional da dengue



Instituto Butantan, em São Paulo, deve iniciar em novembro a segunda fase clínica de um estudo que busca comprovar a eficácia e a segurança em humanos de uma vacina contra a dengue. Desde a última quarta-feira (2), um grupo de 50 voluntários adultos começará a ser recrutado na capital paulista. No início de 2014, outras 250 pessoas devem ser convocadas.

Essa é a primeira vacina contra a dengue de produção 100% nacional a ser testada em humanos no país. A dose é tetravalente, ou seja, imuniza contra os quatro sorotipos do vírus, e foi desenvolvida há mais de uma década pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), chegando ao Brasil por meio de transferência tecnológica – as conversas para isso começaram em 2006. Nos EUA, em uma primeira fase de estudo, a vacina foi testada em 750 indivíduos adultos. Antes disso, cada um dos quatro tipos do vírus foi aplicado separadamente em animais.

 As reações adversas encontradas nos americanos foram apenas dor local e erupção cutânea (conhecida como exantema ou rash), o que para os pesquisadores é um bom sinal, pois mostra que o vírus realmente causou uma resposta imunológica no organismo.
Se os próximos resultados forem positivos, a previsão é que a vacina seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e possa fazer parte do Programa Nacinal de Imunizações em 2018. Além do Butantan, há outra iniciativa nacional para produção de vacina contra a dengue, encabeçada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK). Mas essa pesquisa ainda não iniciou testes em seres humanos.
Para a segunda fase de testes do Butantan, houve um investimento de R$ 3,5 milhões, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), pela Fundação Butantan e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além do NIH, outros parceiros internacionais do Butantan são a Faculdade de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins e a organização Global Solution for Infectious Diseases. No Brasil, além do HC, o Instituto Adolfo Lutz e a própria USP vão colaborar na nova fase de testes. Ao todo, há cerca de 200 pesquisadores envolvidos, segundo o Butantan.

Como participar
Entre os critérios para participar da primeira parte do estudo do Butantan, estão: o voluntário (de ambos os sexos) deve morar na cidade de São Paulo, ter entre 18 e 59 anos de idade, não ter tido dengue, não apresentar doenças neurológicas, cardíacas, pulmonares, do fígado ou que comprometam o sistema de defesa do organismo, como diabetes e câncer. Mulheres grávidas, em fase de amamentação ou que pretendam engravidar também não devem se inscrever. Ao todo, cerca de mil pessoas devem ser analisadas para chegar aos 50 voluntários finais.
Após saber todos os detalhes dos testes, receber orientações e tirar dúvidas, os participantes devem assinar um termo de consentimento. Depois disso, eles serão acompanhados ao longo de cinco anos por uma equipe multidisciplinar do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, formada por médicos, enfermeiros e farmacêuticos. A previsão é que, durante o estudo, os voluntários façam 28 consultas. Esse monitoramento servirá para ver como a resposta imunológica à dengue se mantém ao longo dos anos, e se será preciso aplicar uma dose de reforço.
Interessados devem ligar para os telefones (11) 2661-7214 ou 2661-3344, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. É possível também mandar um e-mail para o endereço vacinadengue@usp.br ou acessar o site www.vacinadengue.com.br.

LEIA MAIS:  g1.globo.com

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Estudo mostra interação complexa entre mosquito e vírus da dengue

A dengue mantém interações complexas com o mosquito que transmite para o homem o vírus desta doença, cujas infecções aumentam nas regiões tropicais do planeta, com meio milhão de casos graves e 10 mil mortes registradas todos os anos, revelou um estudo publicado esta semana.

Uma equipe de cientistas do Instituto Pasteur de Paris, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS) e do Centro de Pesquisa Militar Tailandês-americano (Afrims) se dedicou ao estudo dos fatores genéticos que determinam a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito 'Aedes aegypti'.

Atualmente, existem quatro grandes tipos (sorotipos) do vírus causador desta doença, que provoca, entre outros sintomas, febre, dores de cabeça, nos músculos e articulações, assim como erupções cutâneas.

Em forte progressão no mundo, a dengue se tornou endêmica em mais de 100 países e emergente em novas regiões, com os primeiros casos autóctones registrados na Europa continental na França e na Croácia.

Várias equipes de cientistas no mundo trabalham atualmente sobre as interações entre o vírus da dengue e o mosquito vetor, o 'Aedes egypti', que também é o principal transmissor da febre amarela.

A esperança é poder um dia selecionar os mosquitos resistentes a este vírus ou os menos capazes de transmiti-lo ao homem, a fim de romper o ciclo da doença.

A equipe franco-tailandesa-americana trabalhou com mosquitos selvagens capturados na Tailândia para efetuar um levantamento dos fatores genéticos do inseto que condicionam a transmissão do vírus ao homem.

Os cientistas descobriram que uma "série de fatores genéticos" produziriam mosquitos mais ou menos aptos a transmitir o vírus da dengue e que estes fatores estariam presentes na população natural dos insetos, explicaram em comunicado conjunto o CNRS e o Instituto Pasteur.
 
Fonte: pernambuco.com

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Dengue Jaboatão participa da Capacitação para implantação do SISPNCD


Nos dias 15 a 17 de maio,  profissionais, Coordenador do programa da dengue e suporte técnico do SISFAD, dos municípios da 1ª Regional de Saúde do Estado de Pernambuco, participam do treinamento do novo sistema de informação da DENGUE, através da Coordenação Estadual. 

O SISPNCD será utilizado para acompanhar os trabalhos dos agentes de endemias. Com ele, o Estado pretende obter informações sobre as áreas de maior risco de transmissão da dengue para melhor direcionar os trabalhos das equipes.

O Sisfad está em processo de aperfeiçoamento, vem sendo reestruturado na plataforma Windows (nos moldes do sistema atualmente em uso para malária) e sua denominação será substituída para SisPNCD – Sistema do Programa Nacional de Controle da Dengue. A nova versão terá informações complementares, dentre elas: 

» Cadastro de Pontos Estratégicos, veículos (UBV), armadilhas, áreas e microáreas, 

» Cadastro de recursos humanos, com informações apenas dos quantitativos de agentes, supervisores, motoristas, laboratorista, entre outros;

» Relatórios de consumo de inseticida nas atividades de rotina (visita casa a casa) e emergenciais; 

» Utilização do Sisloc com vistas à organização e atualização na base de localidades; 

» Programação dos ciclos de atividades de aplicação de Ultra baixo Volume (UBV).

O SisPNCD apresentará o módulo local ou municipal e módulo web. O módulo local terá três níveis de acesso: administrador, digitador e gerente. O módulo web apresentará níveis de acesso municipal, estadual e federal.

O fluxo de envio das informações para o nível estadual e federal será realizado semanalmente. Ao fim da digitação dos dados semanais, o município deverá gerar lotes de dados e em seguida enviá-los por intermédio do SisNET (programa de envio dos dados). Após esse procedimento, o SisPNCD módulo web receberá as informações que serão automaticamente disponibilizadas para os níveis federal e estadual no mesmo instante.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Secretaria de Saúde divulga balanço da campanha de combate à dengue

O resultado da campanha municipal de combate à dengue, ação intitulada de “Dia D”, que aconteceu entre os meses de fevereiro e abril deste ano, foi divulgada na última segunda-feira (22/04). A atividade objetivou sensibilizar a população sobre a importância de prevenir o surgimento de focos do mosquito Aedes aegypti. Para isso, foram desenvolvidas ações como visitas domiciliares, panfletagens, palestras, dentre outras.  
Todas as Regionais Administrativas da cidade receberam as ações de mobilização. As localidades foram escolhidas em virtude dos índices de infestação da enfermidade.  Em cada ato da campanha, foram mobilizados 163 Agentes de Controle de Endemias, seis técnicos do grupo de educação e saúde do Centro de Vigilância Ambiental (CVA), dez profissionais da Secretaria de Serviços Urbanos, além de um caminhão caçamba para retirada dos recipientes, que acumulam água e não são mais úteis à população, a exemplo de pneus, latas, dentre outros.

O exército também participou da campanha. O 14º Batalhão de Infantaria Motorizada (14º BI Mtz) - Regimento Guararapes, auxiliou nas atividades com 40 homens em cada “Dia D”. “Ao final das ações preventivas, concluímos que os objetivos foram alcançados”, afirmou a coordenadora de Vigilância e Controle da Dengue de Jaboatão, Elizabeth Jerônimo.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Site do Criança Esperança de Jaboatão publica ação Dia D de Combate à dengue realizada na Regional I

No último dia 21 de fevereiro aconteceu, no Espaço Criança Esperança de Jaboatão (ECEJ), o Dia D contra a dengue, promovido pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. A campanha é uma iniciativa do Governo Federal e acontece anualmente. Existe o Dia D Nacional e todos os municípios também fazem as suas mobilizações.  Como Jaboatão é divido em sete regionais, cada regional terá o seu próprio Dia D. O bairro de Socorro, onde está localizado o ECEJ, pertence à Regional I.

CONFIRA:
http://criancaesperanca.globo.com/platb/ecejaboatao/2013/03/04/dia-d-educacao-a-postos-para-combater-a-dengue/

VÍDEO:Regional Curado recebe o “Dia D” contra à dengue









quarta-feira, 6 de março de 2013

Mosquito da dengue criou resistência a repelente, diz pesquisa

Uma pesquisa conduzida por cientistas no Reino Unido revelou que o mosquito da dengue aparentemente desenvolveu resistência a um princípio ativo presente na maioria dos repelentes atualmente comercializados no mundo, inclusive no Brasil.

A substância, conhecida como DEET, ou dietiltoluamida, é largamente empregada em repelente contra insetos, combatendo mosquitos, pernilongos, muriçocas e borrachudos. O composto age interferindo nos receptores sensoriais desses animais, inibindo seu desejo de picar o usuário.

O estudo, divulgado pela publicação científica Plos One, analisou a reação de mosquitos da espécie Aedes aegypti, vetores da dengue e da febre amarela, à substância. Os cientistas concluíram que, ainda que inicialmente repelidos pelo composto químico, os insetos depois o ignoraram.

Eles recomendaram que governos e laboratórios farmacêuticos realizem mais pesquisas para encontrar alternativas à DEET.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dengue é hoje a doença tropical que se propaga mais rapidamente no mundo. Nos últimos 50 anos, sua incidência aumentou 30 vezes, o que pode transformá-la em uma pandemia, advertiu o órgão.

Isca

Para provar a eficácia da DEET os cientistas pediram a voluntários que aplicassem repelente com DEET em um braço e soltaram mosquitos.

Como esperado, o repelente afastou os insetos. No entanto, poucas horas depois, quando ofereceram aos mesmos mosquitos uma nova oportunidade de picarem a pele, os cientistas constataram que a substância se mostrou menos eficiente.

Para investigar os motivos da ineficácia da DEET, os pesquisadores puseram eletrodos na antena dos insetos.

"Nós conseguimos registrar a resposta dos receptores na antena dos mosquitos à DEET, e então descobrimos que os mosquitos não eram afetados pela substância", disse James Logan, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, instituição que realizou o estudo.

"Há algo sobre ter sido exposto ao composto químico pela primeira vez que muda o sistema olfativo dos mosquitos. Ou seja, a substância parece mudar a capacidade dos mosquitos de senti-la, o que a torna menos eficiente", acrescentou.

Uma pesquisa anterior feita pela mesma equipe descobriu que as mudanças genéticas em uma mesma espécie de mosquito podem torná-los imunes à DEET.

"Os mosquitos evoluem muito rapidamente", disse ele. "Quanto mais nós pudermos entender sobre como os repelentes funcionam e os mosquitos os detectam, melhor poderemos trabalhar para encontramos soluções para o problema quando tais insetos se tornarem resistentes à substância".

O especialista acrescentou que as descobertas não devem impedir as pessoas de continuarem usando repelentes com DEET em áreas de alto risco, mas salientou que caberá aos cientistas tentar desenvolver novas versões mais efetivas da substância.

Para complementar o estudo, os pesquisadores britânicos agora planejam entender por quanto tempo o efeito dura depois da primeira exposição ao composto químico.

A equipe também deve estudar o efeito em outros mosquitos, incluindo espécies que transmitem malária.


Leia mais.

Fonte: Notícias UOL / BBC

Caminhada mobiliza moradores de Sucupira no enfrentamento à dengue

Dando prosseguimento a campanha municipal de combate à dengue, iniciada no dia 21/02, intitulada “Dia D”, a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes realizou na tarde da última quinta-feira (28/02) uma caminhada pelas ruas do bairro de Sucupira, na Regional Cavaleiro, com o objetivo de mobilizar a população no combate ao mosquito Aedes aegypti.  

Além dos agentes de Combate de Endemias, da Vigilância Ambiental, do Grupo Técnico de Educação, a iniciativa teve o reforço dos alunos da escola municipal José Carlos Ribeiro e de 40 soldados do 14º Batalhão de Infantaria Motorizada (14º BI Mtz) - Regimento Guararapes, que auxiliou nas atividades, que consistiu na distribuição de panfletos informativos e abordagem com os populares.

“Eu acho importante que ações como essa aconteçam em nosso bairro. Não é apenas uma obrigação do Governo combater á dengue, é preciso conscientizar a população”, afirmou Maria dos Socorros, residente do bairro. De acordo com a secretária de Saúde do município, Gessyanne Paulino, o objetivo da campanha é sensibilizar a população sobre a importância de prevenir o surgimento de focos do mosquito da dengue em suas residências.

Mutirões de limpeza urbana para o recolhimento de recipientes que acumulam água e não são mais úteis à população, a exemplo de pneus, latas, dentre outros foram realizados. “Esperamos assim eliminar potenciais criadouros do mosquito”, afirmou a coordenadora de Vigilância e Controle da Dengue de Jaboatão, Elizabeth Jerônimo. Na próxima quinta-feira, a ação chegará a Regional Curado.

CAPACITAÇÃO 

Também na tarde do dia 28/02/2013, foi finalizada a qualificação com enfermeiros e técnicos que irão atuar na campanha de enfrentamento à dengue. A ação aconteceu no auditório da Gerência de Vigilância em Saúde, em Jardim Jordão, e movimentou aproximadamente 25 profissionais da área. 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Socorro recebe primeira ação da Campanha de combate à dengue


Centenas de estudantes da rede pública de ensino comparecem na manhã desta quinta-feira (21/02) ao Espaço Criança Esperança, no bairro de Socorro, Regional Jaboatão Centro para o inicio da campanha municipal de combate à dengue, intitulada “Dia D”.  De acordo com a secretária de Saúde do município, Gessyane Paulino, responsável por fazer a abertura do evento, o objetivo da atividade é reduzir consideravelmente o índice de manifestação da doença na cidade. 
“A informação é uma importante ferramenta no combate ao mosquito. Por isso, ao sairmos daqui, seremos responsáveis por conversar com amigos e vizinhos sobre as maneiras de se prevenir a dengue”, afirmou a secretária aos alunos, que após o discurso da gestora, assistiram uma apresentação teatral com foco na doença. Após o espetáculo de teatro, 60 agentes de endemia ligados a Prefeitura iniciaram uma caminhada em direção as residências da localidade para, através de panfletos e do dialogo, orientar a população local sobre os métodos preventivos. 
Rodrigo Benjamim, um dos responsáveis pelos estudantes da Escola Estadual Benjamim Constant, destacou o interesse dos alunos pelo novo tipo de aprendizado. “Eles tem participado, interagido bastante com os nossos educadores, e, como criança é sempre mais disciplinada do que os adultos, multiplicado as informações recém-obtidas”, destacou. “Gostei muito, principalmente do teatro. É muito bom, pois aprendemos sobre a dengue de uma maneira divertida”, descreveu Nicolas Passos de Lima, 11, aluno da mesma unidade educacionalBenjamim Constant
Paralelamente a iniciativa, a equipe da Secretaria de Serviços Urbanos coordenará a ação de mutirão e recolhimento de recipientes que acumulam água e não são mais úteis à população, a exemplo de pneus, latas, dentre outros. Agentes da limpeza urbana farão a coleta desse material, que será encaminhado ao local adequado. “Assim esperamos eliminar potenciais criadouros do mosquito nessas áreas de risco”, afirmou a coordenadora de Vigilância e Controle da Dengue de Jaboatão, Elizabeth Jerônimo.  
A partir das próximas ações, que chegará a todas as Regionais Administrativas do município, será agregado o reforço do exercito, que destinará um efetivo de 40 soldados do 14º Batalhão de Infantaria Motorizada (14º BI Mtz) - Regimento Guararapes para auxiliar nas atividades. Todos os militares passaram por uma capacitação com agentes da saúde da Prefeitura.  

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Prefeitura capacita soldados do Exército para enfrentar a dengue


Com o objetivo de reduzir drasticamente o índice de manifestação da dengue no município, a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, através da Secretária Municipal de Saúde, firmou uma parceria com o 14º Batalhão de Infantaria Motorizada (14º BI Mtz) - Regimento Guararapes. O objetivo da ação é intensificar as atividades de controle do Aedes aegypti, visitando e mobilizando a população jaboatanense na luta contra o mosquito transmissor da doença. 

Para isso, foi realizada na tarde desta quinta-feira (14/02) uma capacitação envolvendo 40 soldados do órgão militar, na sede, no bairro de Socorro, Jaboatão Centro. De acordo com Élida Vanessa da Silva, bióloga da equipe de combate à dengue do município, responsável por ministrar as orientações aos militares no encontro, foi apresentado a maneira correta de realizar a forma correta de combater a doença, a exemplo de instruírem as pessoas a não deixarem água acumulada em recipientes. Na ocasião, a bióloga também apontou os locais de maiores incidências no município.  

Serão desenvolvidas diversas ações como visitas domiciliares para identificação e eliminação de criadouros do mosquito, além de panfletagem, com o intuito de intensificar a atividade de educação em saúde. Paralelamente, mutirões de limpeza serão desenvolvidos pela Secretaria de Serviços Urbanos, com o recolhimento, dentro das casas e em terrenos baldios, de recipientes que acumulam água e não são mais úteis à população e que servem de criadouros do mosquito da dengue.

Calendário 

A campanha municipal de combate à dengue, chamada de “DIA D”, está prevista para iniciar no próximo dia 21/02, no bairro de Socorro e será realizada em todas as Regionais Administrativas da cidade. Confira as datas. 


21/02, em Socorro;
28/02, em Sucupira;
07/03, no Curado;
14/03, em Muribeca;
21/03, em Prazeres;
28/03, Piedade;
04/04, em Guararapes.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Jaboatão apresenta ações de combate e prevenção à dengue


A dengue pode matar. Por isso, a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes apresentou nesta quinta-feira (24/01) o calendário das primeiras ações que irão desenvolver em todo o município, afim de prevenir e combater o mosquito Aedes Aegypti e, com isso, diminuir os casos da doença. A apresentação foi realizada no auditório da sede do Governo Municipal, em Prazeres, e contou com a participação de secretários municipais e dos gerentes das sete Regionais.

“Pretendemos realizar ações envolvendo as escolas, as secretarias de Serviços Urbanos, Mulher, Mobilização , Regionais e Educação. Além disso, nosso intuito é envolver toda a população para combater o mosquito. Segundo dados do Ministério da Saúde, 80% dos focos de dengue estão dentro das residências. Então, é preciso um trabalho de conscientização para que as pessoas abram as portas e possamos diminuir os focos e ,consequentemente, os casos da doença. Para se ter uma ideia, ano passado, em todos os ‘Dia D’ foram retiradas 12 toneladas de lixo, que estavam criando focos do Aedes”, ponderou Gessyanne Vale Paulino, secretária de Saúde do município.

Gessyanne ainda explicou como é feito o controle das infestações. “A cada dois meses fazemos uma pesquisa em todo o Jaboatão. Nela é possível detectar todos os pontos de risco, desde os menos graves, até os que estão a ponto de se tornar uma epidemia. A partir daí, conseguimos fazer um controle mais efetivo e direto”, informou.

Segundo Fabiane Menezes, gerente de Vigilância em Saúde, os dados da doença no município trazem resultados positivos, que precisam ser mantidos. “Em 2008 tivemos oito mortes por dengue, já em 2012 conseguimos reduzir esse número para quatro. A meta é não termos mais nenhuma morte por esta doença no município. Em relações aos casos, em 2012 registramos 5.147 casos suspeitos, com 1.763  confirmados da dengue clássica e 207 casos suspeitos de hemorrágica, com 4 confirmados”, disse.

“Esse período é bem propício para a reprodução do mosquito. Em todo o tempo está chovendo e fazendo sol. A umidade está elevada. Por isso, a importância de começarmos agora após o período de Carnaval, para que os casos diminuam e possamos ter êxito, como no ano passado. Em 2012 também ganhamos o prêmio na 12ª Mostra Nacional de Experiências bem sucedidas em Epidemiologia, com um trabalho integrado que nos levou a reduzir os casos consideravelmente”, disse Fabiane Menezes.

DIA D – Além das ações, que vão envolver as secretarias de Serviços Urbanos, Mulher, Mobilização , Regionais e Educação, uma das estratégias será o Dia D, que já tem data para acontecer nas sete Regionais. Durante todo o dia a comunidade vai receber ações de limpeza, palestras, apresentações de teatro, música, visita nas casas, em parceria com o Exército, caminhada e panfletagem.

Datas:
21/02, em Socorro;
28/02, em Sucupira;
07/03, no Curado;
14/03, em Muribeca;
21/03, em Prazeres;
28/03, Piedade;
04/04, em Guararapes.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Estados brasileiros em alerta para conter o avanço da dengue


A queda significativa do número de casos de dengue no panorama nacional — de 15.688 para 5.496, se comparadas as duas primeiras semanas de janeiro de 2012 e 2013, respectivamente — não reflete a situação de dois estados atualmente conflagrados pela doença.
No Mato Grosso do Sul, a quantidade de notificações, no mesmo período, subiu de 196 para 2.277, de acordo com o Ministério da Saúde. Dados mais recentes das autoridades sul-mato-grossenses, porém, mostram que o quadro vem se agravando a cada dia. Até a última segunda-feira, só Campo Grande havia registrado 9.646 casos, levando a prefeitura a decretar estado de emergência.
O Paraná já fez 475 notificações, contra 73 no mesmo período do ano passado, e tem cinco municípios em epidemia. No Distrito Federal, foram registrados 17 casos neste ano, em comparação com 64, no período anterior — uma queda de mais de 30%.
Não por acaso, as duas unidades da Federação registraram as três mortes por dengue em 2013. A circulação do sorotipo 4 do vírus, registrado pela primeira vez no Paraná este ano, é o que mais preocupa.
“É um tipo que circulou no país no princípio da década de 1980, depois ficou ausente, mantendo-se mais nas Guianas e na América Central. Há cerca de dois anos, ressurgiu. Em termos clínicos, pouco se difere dos outros, o problema é que, como há muita gente que nunca teve esse tipo, o número de casos tende a aumentar com a sua presença”, explica Dalcy Albuquerque Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical no Distrito Federal.
Ele afirma que o risco aumenta com a repetição da doença. “Por reações imunológicas, o paciente, ao ter pela segunda vez, fica mais suscetível a desenvolver o tipo hemorrágico da dengue.”

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Nosso objetivo é que você esclareça todas as suas dúvidas sobre a dengue. Esperamos também a sua colaboração na luta contra o mosquito.