sexta-feira, 29 de maio de 2015

Brasil pode ser o primeiro País a ter vacina contra a dengue, diz Anvisa


O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Renato Alencar Porto, anunciou nesta quinta-feira (28), na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, que o Brasil pode ser o primeiro País do mundo a registrar uma vacina de dengue, o que pode ocorrer até o fim do ano.
A comissão realizou audiência pública sobre as pesquisas para a vacina de dengue. São seis vacinas contra a dengue pesquisadas no mundo. A mais avançada delas no Brasil, desenvolvida pelo laboratório Sanofi-Pasteur, já passou pelas três fases de pesquisa e foi protocolada na Anvisa em março.



segunda-feira, 25 de maio de 2015

Mitos e verdades sobre a dengue

Com a confirmação de mais de 745 mil casos de dengue no Brasil até abril de 2015, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, é importante saber qual é a realidade dessa doença que assola o país.

Para isso, confira as orientações da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) sobre as principais dúvidas relacionadas à doença, que pode ter seus sintomas confundidos com os de outras e deve ter diagnóstico precoce. "Além da prevenção da dengue, que se faz evitando a proliferação do mosquito, é importante reconhecer com rapidez os sinais e sintomas da doença, e procurar atendimento médico sempre que necessário", explica Rodrigo Lima, diretor de comunicação da SBMFC.

Confira os mitos e verdades sobre a doença, segundo a SBMFC:

Quem já teve dengue uma vez não terá mais a doença.
MITO. Existem quatro subtipos do vírus da dengue, e uma pessoa pode desenvolver a doença ao ser infectada com um subtipo com o qual não teve contato anteriormente.

Ao identificar sintomas como fortes dores no corpo, de cabeça, vômitos e náuseas constantes, é necessário procurar atendimento em uma unidade de saúde.
VERDADE. A dengue pode ser confundida com outras viroses como a gripe, e o diagnóstico é importante para definir o tratamento.

É possível evitar a dengue.
VERDADE. Manter a casa livre de possíveis focos de proliferação do mosquito e orientar vizinhos a fazer o mesmo pode evitar que o inseto esteja próximo de você. Repelentes também são indicados.

Todas as pessoas precisam fazer exames de sangue para diagnosticar a doença.
MITO. O diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico, e os exames de sangue só são indicados para quadros suspeitos de potencial gravidade, ou quando há dúvida no diagnóstico.

O Aedes aegypti só circula durante o dia.
MITO. O inseto não tem hábitos específicos relacionados a períodos do dia para circular, e pode picar tanto durante o dia quanto à noite.

Só é preciso se preocupar com a proliferação do mosquito durante o período de chuvas.
MITO. O mosquito pode se reproduzir a partir de ovos depositados em água parada como garrafas, pneus, caixas d’agua, entre outros recipientes. Períodos de estiagem são particularmente perigosos pelo hábito de armazenamento de água.

Se não for diagnosticada a tempo, a doença pode levar a pessoa à morte.
VERDADE. A doença, principalmente a dengue hemorrágica, pode agravar o quadro clínico do paciente se não diagnosticada e tratada a tempo.

O tratamento consiste basicamente na hidratação e no uso de sintomáticos.
VERDADE. A medida mais importante no tratamento é a ingestão de líquidos, que evita as complicações da doença, e o controle dos sintomas. Importante lembrar que o uso de ácido-acetilsalicílico (AAS) é contra-indicado por aumentar o risco de sangramentos.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Febre Zika

Febre Zika é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue da febre chikungunya. O vírus Zika teve sua primeira aparição registrada em 1947, quando foi encontrado em macacos da Floresta Zika, em Uganda. Entretanto, somente em 1954 os primeiros seres humanos foram contaminados, na Nigéria. O vírus Zika atingiu a Oceania em 2007 e a França no ano de 2013. O Brasil notificou os primeiros casos de vírus Zika em 2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia.
Apesar de a doença ter chegado ao Brasil, ela não é uma preocupação tão grande quanto a dengue, uma vez que seus sintomas são brandos e duram pouco tempo. Os maiores incômodos são febre é baixa, coceira e comichão na pele, além de manchas avermelhadas. É necessário, contudo, ficar atento com as contaminações combinadas – dengue, febre chikungunya e Zika vírus – uma vez que os efeitos dessas infecções em conjunto ainda não são conhecidos. 

O vírus ZIKV não é transmitido de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.
O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de 3 a 12 dias para o vírus Zika causar sintomas.
A transmissão do ZIKV raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C - por isso ele se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito transmissor da febre Zika podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes e esperando um ambiente úmido para se desenvolverem. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.

O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte. No entanto, mesmo nas horas quentes ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento. Por ser um mosquito que voa baixo - até dois metros - é comum ele picar nos joelhos, panturrilhas e pés. 

Sintomas de Febre Zika

Os sintomas de infecção pelo vírus Zika começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito e são:
  • Febre baixa (entre 37,8 e 38,5 graus)
  • Dor nas articulações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço
  • Dor muscular (mialgia)
  • Dor de cabeça e atrás dos olhos
  • Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés.
Sintomas mais raros de infecção pelo vírus Zika incluem:
SAIBA MAIS


Combate à dengue motiva 12 estudos científicos ao redor do Brasil



A infestação sem precedentes do mosquito Aedes aegypti, que provoca a maior epidemia de dengue do País, acendeu a luz amarela em laboratórios de pesquisas que correm atrás de soluções para uma política de controle integrado da principal praga doméstica brasileira.
Além da Fiocruz, no Rio, da francesa Sanofi Pasteur, e do Instituto Butantã, que buscam a vacina salvadora, pelo menos outros 12 estudos movimentam cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp) em torno do inseto e sua peste. Investiga-se dos hábitos das fêmeas transmissoras dos vírus à genética de machos estéreis - e até uma inversão sexual do bicho.
"A inversão sexual do mosquito favorece a produtividade de uma biofábrica de machos estéreis", diz Margareth Capurro Guimarães, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, que já produz mosquitos esterilizados geneticamente para controlar infestações. Nas centenas de alas médicas lotadas por suspeitas de dengue, todo mundo sabe que é a fêmea do mosquito rajadinho a vilã no leva e traz dos vírus.
A professora lembra ainda que há, no laboratório, uma outra investigação em curso, em fase final de testes. É a da indução gênica, ou seja, aquela que tenta mudar o comportamento do sistema de defesa da fêmea Aedes para que ela reaja contra o vírus da dengue, morrendo ou eliminando o agressor antes da transmissão pela saliva na próxima vítima. Quando pica, para que o sangue a ajude na maturação dos ovos, ela precisa de um tempo de 10 a 12 dias para que, então, se torne transmissora potencial do vírus. É aí que funcionaria a indução gênica planejada pela professora da USP.
No Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas da USP, chefiado pelo professor Luiz Carlos de Souza Ferreira, buscam-se novas estratégias vacinais. No Instituto de Ciências Biomédicas, outra equipe estuda a dengue no hospedeiro. Boa parte do caminho já foi percorrido, explica o pesquisador Jaime Henrique Amorim.
Ele já conseguiu provocar reação dos linfócitos T, estruturas do sistema imunológico que matam células infectadas por vírus, em camundongos. "Esse é um avanço que permite abrir porta para uma vacina com proteção não só de anticorpos", explica o cientista. A pesquisa dele está integrada ao estudo da vacina tetravalente do Butantã.

Vírus chikungunya pode representar perigo maior que dengue, diz especialista

Embora a expectativa em torno de uma vacina contra a dengue seja muito boa, não dá para apostar apenas nela para combater a epidemia que atinge o Brasil. Esta é a opinião do pesquisador Ricardo Lourenço, da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O médico veterinário, com pós-doutorado no Institut Pasteur, de Paris, defende que é fundamental a população assumir o papel de protagonista no combate à reprodução do inseto, eliminando os focos de água parada.
O mosquito transmite a febre-amarela, dengue, chikungunya e zyka, diz o especialista


O especialista adverte: se o controle do transmissor não for efetivo, o País pode sofrer ainda com outra febre. “Demoramos entre dez e 14 dias para encontrar o vírus da dengue na saliva do Aedes aegypti após sua infecção. O chikungunya se prolifera mais rapidamente, em até três dias”, alerta.

Esclarecimento

Por problemas técnicos, o Blog Jaboatão Contra a Dengue ficou inativo. Pedimos desculpas por eventuais transtornos.

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