quinta-feira, 29 de julho de 2010

ESPECIALISTA COMENTA SOBRE DENGUE

Em entrevista ao Jornal do Commercio, Médico Infectologista do Hospital Oswaldo Cruz alerta sobre a importância da realização do hemograma como ferramenta de acompanhamneto do paciente suspeito de dengue, leiam a matéria na íntegra.

"CONTROLE DA DENGUE Exame mais rápido evita complicações

Publicado em 25.07.2010
Médico defende acesso fácil a hemograma e aponta sintomas mais frequentes dos doentes este ano, quando a virose cresceu 435,43% em relação a 2009. Especialistas avaliam cenário e desfazem mitos
Veronica Almeida valmeida@jc.com.br
Agilizar o resultado do hemograma com contagem de plaquetas faz a grande diferença no tratamento da dengue. O exame de sangue é a peça-chave para avaliar o agravamento da virose e detectar a temida forma hemorrágica. “Essencial para levantar ou descartar a suspeita e fazer o monitoramento em qualquer doença febril aguda”, alerta o infectologista Vicente Vaz, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, referência no tratamento da virose que este ano já acometeu quase cinco mil pernambucanos e matou três deles.
Para o médico que há mais de duas décadas trata pessoas com dengue em Pernambuco, é importante que a rede básica de saúde reforce sua assistência laboratorial. “Há serviços de atendimento primário que dão o resultado em um mês. A coisa melhorou com as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e o Recife fez um esforço nesta epidemia para agilizar o exame. Mas ainda é um ponto sensível no cotidiano das pessoas que utilizam a rede pública, as prefeituras precisam rever as precárias condições de atendimento primário”, avalia o médico. O hemograma ajuda a confirmar a infecção viral e indica se há redução grande de plaquetas, o que favorece sangramentos.
Em Jaboatão dos Guararapes, segundo município mais populoso e vice-líder em notificações de casos de dengue na RMR, um motoqueiro do laboratório municipal tem ajudado a agilizar o exame. “Médicos ou enfermeiros das unidades básicas coletam o sangue e o motoqueiro leva o material ao laboratório. No mesmo dia, às vezes até na mesma manhã, o resultado é entregue ao serviço de saúde”, diz Alexandre Menezes, gerente de Vigilância à Saúde de Jaboatão. Segundo ele, os postos de saúde têm solicitado por dia uma média de 20 hemogramas de emergência.
A pressa em diagnosticar e monitorar a doença tem motivos fortes. Na cidade de quase 700 mil habitantes há quatro mortes em investigação e 29,9% dos 1.594 casos suspeitos são em crianças e adolescentes de até 14 anos, grupo que rapidamente perde líquidos e pode ter situação complicada. "



Fonte: Jornal do Commercio

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