terça-feira, 19 de maio de 2015
Esclarecimento
Por problemas técnicos, o Blog Jaboatão Contra a Dengue ficou inativo. Pedimos desculpas por eventuais transtornos.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Dengue tipo 5 é descoberta na Ásia
Cientistas americanos descobriram um novo tipo de vírus da dengue na Ásia.
De acordo com o comentarista de saúde do Bom Dia Brasil, Luis Fernando
Correia, cientistas da Universidade do Texas receberam amostras de
sangue de uma epidemia de dengue ocorrida em 2007 na Malásia. Estudando
esse sangue, els encontraram um tipo completamente diferentes dos outros
quatro já conhecidos. Após a análise genética, foi confirmado e
apresentado num congresso na Tailândia esta semana este quinto tipo de
vírus da dengue.
A dengue é um problema no Brasil. Só em 2013, 1,4 milhão de casos foram
registrados. E 530 pessoas morreram. Dois terços dos casos (66,9%) são
do Sudeste. Qual o perigo desse quinto vírus para o Brasil?
Existem oficialmente cinco tipos de dengue. Mas, por enquanto, este
quinto tipo só foi encontrado na Malásia. "A gente não tem a avaliação
do impacto clínico sobre as pessoas, mesmo do outro lado do mundo.
Então, não devemos nos preocupar com isso agora. O mais importante é se
preocupar com os quatro tipos de dengue já existentes no Brasil. E como
ainda não temos vacina disponível, temos que evitar a proliferação do
mosquito", ressalta o Dr. Luís Fernando.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, disse
que está acompanhando os estudos sobre a dengue, incluindo a do tipo 5,
e que a descoberta do novo vírus não vai trazer impactos para as
pesquisas já em curso para o desenvolvimento de uma vacina.
Para reduzir dengue, biofábrica solta mosquitos transgênicos
No começo da noite de uma quinta-feira de setembro, a
rodoviária de Juazeiro da Bahia era o retrato da desolação. No saguão
mal iluminado, funcionavam um box cuja especialidade é caldo de carne,
uma lanchonete de balcão comprido, ornado por salgados, biscoitos e
batata chips, e um único guichê – com perturbadoras nuvens de mosquitos
sobre as cabeças de quem aguardava para comprar passagens para pequenas
cidades ou capitais nordestinas.
Assentada à beira do rio São Francisco, na fronteira
entre Pernambuco e Bahia, Juazeiro já foi uma cidade cortada por
córregos, afluentes de um dos maiores rios do País. Hoje, tem mais de
200 mil habitantes, compõe o maior aglomerado urbano do semiárido
nordestino ao lado de Petrolina – com a qual soma meio milhão de pessoas
– e é infestada por muriçocas (ou pernilongos, se preferir). Os cursos
de água que drenavam pequenas nascentes viraram esgotos a céu aberto,
extensos criadouros do inseto, tradicionalmente combatidos com
inseticida e raquete elétrica, ou janelas fechadas com ar condicionado
para os mais endinheirados.
Mas os moradores de Juazeiro não espantam só muriçocas
nesse início de primavera. A cidade é o centro de testes de uma nova
técnica científica que utiliza Aedes aegypti transgênicos para
combater a dengue, doença transmitida pela espécie. Desenvolvido pela
empresa britânica de biotecnologia Oxitec, o método consiste basicamente
na inserção de um gene letal nos mosquitos machos que, liberados em
grande quantidade no meio ambiente, copulam com as fêmeas selvagens e
geram uma cria programada para morrer. Assim, se o experimento
funcionar, a morte prematura das larvas reduz progressivamente a
população de mosquitos dessa espécie.
A técnica é a mais nova arma para combater uma doença
que não só resiste como avança sobre os métodos até então empregados em
seu controle. A Organização Mundial de Saúde estima que possam haver de
50 a 100 milhões de casos de dengue por ano no mundo. No Brasil, a
doença é endêmica, com epidemias anuais em várias cidades,
principalmente nas grandes capitais. Em 2012, somente entre os dias 1º
de janeiro e 16 de fevereiro, foram registrados mais de 70 mil casos no
País. Em 2013, no mesmo período, o número praticamente triplicou, passou
para 204 mil casos. Este ano, até agora, 400 pessoas já morreram de
dengue no Brasil.
Em Juazeiro, o método de patente britânica é testado
pela organização social Moscamed, que reproduz e libera ao ar livre os
mosquitos transgênicos desde 2011. Na biofábrica montada no município e
que tem capacidade para produzir até 4 milhões de mosquitos por semana,
toda cadeia produtiva do inseto transgênico é realizada – exceção feita à
modificação genética propriamente dita, executada nos laboratórios da
Oxitec, em Oxford. Larvas transgênicas foram importadas pela Moscamed e
passaram a ser reproduzidas nos laboratórios da instituição.
Os testes desde o início são financiados pela Secretaria
da Saúde da Bahia – com o apoio institucional da secretaria de Juazeiro
– e no último mês de julho se estenderam ao município de Jacobina, na
extremidade norte da Chapada Diamantina. Na cidade serrana de
aproximadamente 80 mil habitantes, a Moscamed põe à prova a capacidade
da técnica de “suprimir” (a palavra usada pelos cientistas para
exterminar toda a população de mosquitos) o Aedes aegypti em toda uma cidade, já que em Juazeiro a estratégia se mostrou eficaz, mas limitada por enquanto a dois bairros.
“Os resultados de 2011 e 2012 mostraram que (a técnica)
realmente funcionava bem. E a convite e financiados pelo Governo do
Estado da Bahia resolvemos avançar e irmos pra Jacobina. Agora não mais
como piloto, mas fazendo um teste pra realmente eliminar a população (de mosquitos)”,
fala Aldo Malavasi, professor aposentado do Departamento de Genética do
Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e atual
presidente da Moscamed. A USP também integra o projeto.
Malavasi trabalha na região desde 2006, quando a
Moscamed foi criada para combater uma praga agrícola, a
mosca-das-frutas, com técnica parecida – a Técnica do Inseto Estéril. A
lógica é a mesma: produzir insetos estéreis para copular com as fêmeas
selvagens e assim reduzir gradativamente essa população. A diferença
está na forma como estes insetos são esterilizados. Ao invés de
modificação genética, radiação. A TIE é usada largamente desde a década
de 1970, principalmente em espécies consideradas ameaças à agricultura. O
problema é que até agora a tecnologia não se adequava a mosquitos como o
Aedes aegypti, que não resistiam de forma satisfatória à radiação.
O plano de comunicação
As primeiras liberações em campo do Aedes transgênico foram realizadas nas Ilhas Cayman, entre o final de 2009 e 2010. O território britânico no Caribe, formado por três ilhas localizadas ao Sul de Cuba, se mostrou não apenas um paraíso fiscal (existem mais empresas registradas nas ilhas do que seus 50 mil habitantes), mas também espaço propício para a liberação dos mosquitos transgênicos, devido à ausência de leis de biossegurança. As Ilhas Cayman não são signatárias do Procolo de Cartagena, o principal documento internacional sobre o assunto, nem são cobertas pela Convenção de Aarthus – aprovada pela União Europeia e da qual o Reino Unido faz parte – que versa sobre o acesso à informação, participação e justiça nos processos de tomada de decisão sobre o meio ambiente.
As primeiras liberações em campo do Aedes transgênico foram realizadas nas Ilhas Cayman, entre o final de 2009 e 2010. O território britânico no Caribe, formado por três ilhas localizadas ao Sul de Cuba, se mostrou não apenas um paraíso fiscal (existem mais empresas registradas nas ilhas do que seus 50 mil habitantes), mas também espaço propício para a liberação dos mosquitos transgênicos, devido à ausência de leis de biossegurança. As Ilhas Cayman não são signatárias do Procolo de Cartagena, o principal documento internacional sobre o assunto, nem são cobertas pela Convenção de Aarthus – aprovada pela União Europeia e da qual o Reino Unido faz parte – que versa sobre o acesso à informação, participação e justiça nos processos de tomada de decisão sobre o meio ambiente.
Ao invés da publicação e consulta pública prévia sobre
os riscos envolvidos no experimento, como exigiriam os acordos
internacionais citados, os cerca de 3 milhões de mosquitos soltos no
clima tropical das Ilhas Cayman ganharam o mundo sem nenhum processo de
debate ou consulta pública. A autorização foi concedida exclusivamente
pelo Departamento de Agricultura das Ilhas. Parceiro local da Oxitec nos
testes, a Mosquito Research & Control Unit (Unidade de Pesquisa e
Controle de Mosquito) postou um vídeo promocional sobre o assunto apenas
em outubro de 2010, ainda assim sem mencionar a natureza transgênica
dos mosquitos. O vídeo foi divulgado exatamente um mês antes da
apresentação dos resultados dos experimentos pela própria Oxitec no
encontro anual da American Society of Tropical Medicine and
Hygiene(Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene), nos Estados
Unidos.
A comunidade científica se surpreendeu com a notícia de
que as primeiras liberações no mundo de insetos modificados
geneticamente já haviam sido realizadas, sem que os próprios
especialistas no assunto tivessem conhecimento. A surpresa se estendeu
ao resultado: segundo os dados da Oxitec, os experimentos haviam
atingido 80% de redução na população de Aedes aegypti nas Ilhas
Cayman. O número confirmava para a empresa que a técnica criada em
laboratório poderia ser de fato eficiente. Desde então, novos testes de
campo passaram a ser articulados em outros países – notadamente
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, com clima tropical e problemas
históricos com a dengue.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Instituto Butantan recruta 50 voluntarios para testar vacina nacional da dengue
Instituto Butantan, em São Paulo, deve iniciar em novembro a segunda
fase clínica de um estudo que busca comprovar a eficácia e a segurança
em humanos de uma vacina contra a dengue. Desde a última quarta-feira
(2), um grupo de 50 voluntários adultos começará a ser recrutado na
capital paulista. No início de 2014, outras 250 pessoas devem ser
convocadas.
Essa é a primeira vacina contra a dengue de produção 100% nacional a
ser testada em humanos no país. A dose é tetravalente, ou seja, imuniza
contra os quatro sorotipos do vírus, e foi desenvolvida há mais de uma
década pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH),
chegando ao Brasil por meio de transferência tecnológica – as conversas
para isso começaram em 2006. Nos EUA, em uma primeira fase de estudo, a
vacina foi testada em 750 indivíduos adultos. Antes disso, cada um dos
quatro tipos do vírus foi aplicado separadamente em animais.
As reações adversas encontradas nos americanos foram apenas dor local e
erupção cutânea (conhecida como exantema ou rash), o que para os
pesquisadores é um bom sinal, pois mostra que o vírus realmente causou
uma resposta imunológica no organismo.
Se os próximos resultados forem positivos, a previsão é que a vacina
seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e
possa fazer parte do Programa Nacinal de Imunizações em 2018. Além do
Butantan, há outra iniciativa nacional para produção de vacina contra a
dengue, encabeçada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a
farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK). Mas essa pesquisa ainda não iniciou
testes em seres humanos.
Para a segunda fase de testes do Butantan, houve um investimento de R$
3,5 milhões, financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo (Fapesp), pela Fundação Butantan e pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além do NIH, outros parceiros internacionais do Butantan são a
Faculdade de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins e a
organização Global Solution for Infectious Diseases. No Brasil, além do
HC, o Instituto Adolfo Lutz e a própria USP vão colaborar na nova fase
de testes. Ao todo, há cerca de 200 pesquisadores envolvidos, segundo o
Butantan.
Como participar
Entre os critérios para participar da primeira parte do estudo do
Butantan, estão: o voluntário (de ambos os sexos) deve morar na cidade
de São Paulo, ter entre 18 e 59 anos de idade, não ter tido dengue, não
apresentar doenças neurológicas, cardíacas, pulmonares, do fígado ou que
comprometam o sistema de defesa do organismo, como diabetes e câncer.
Mulheres grávidas, em fase de amamentação ou que pretendam engravidar
também não devem se inscrever. Ao todo, cerca de mil pessoas devem ser
analisadas para chegar aos 50 voluntários finais.
Após saber todos os detalhes dos testes, receber orientações e tirar
dúvidas, os participantes devem assinar um termo de consentimento.
Depois disso, eles serão acompanhados ao longo de cinco anos por uma
equipe multidisciplinar do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, formada
por médicos, enfermeiros e farmacêuticos. A previsão é que, durante o
estudo, os voluntários façam 28 consultas. Esse monitoramento servirá
para ver como a resposta imunológica à dengue se mantém ao longo dos
anos, e se será preciso aplicar uma dose de reforço.
Interessados devem ligar para os telefones (11) 2661-7214 ou 2661-3344,
de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. É possível também mandar um
e-mail para o endereço vacinadengue@usp.br ou acessar o site www.vacinadengue.com.br.
LEIA MAIS: g1.globo.com
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Estudo mostra interação complexa entre mosquito e vírus da dengue
A dengue mantém interações complexas com o mosquito que transmite para o homem o vírus desta doença, cujas infecções aumentam nas regiões tropicais do planeta, com meio milhão de casos graves e 10 mil mortes registradas todos os anos, revelou um estudo publicado esta semana.
Uma equipe de cientistas do Instituto Pasteur de Paris, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS) e do Centro de Pesquisa Militar Tailandês-americano (Afrims) se dedicou ao estudo dos fatores genéticos que determinam a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito 'Aedes aegypti'.
Atualmente, existem quatro grandes tipos (sorotipos) do vírus causador desta doença, que provoca, entre outros sintomas, febre, dores de cabeça, nos músculos e articulações, assim como erupções cutâneas.
Em forte progressão no mundo, a dengue se tornou endêmica em mais de 100 países e emergente em novas regiões, com os primeiros casos autóctones registrados na Europa continental na França e na Croácia.
Várias equipes de cientistas no mundo trabalham atualmente sobre as interações entre o vírus da dengue e o mosquito vetor, o 'Aedes egypti', que também é o principal transmissor da febre amarela.
A esperança é poder um dia selecionar os mosquitos resistentes a este vírus ou os menos capazes de transmiti-lo ao homem, a fim de romper o ciclo da doença.
A equipe franco-tailandesa-americana trabalhou com mosquitos selvagens capturados na Tailândia para efetuar um levantamento dos fatores genéticos do inseto que condicionam a transmissão do vírus ao homem.
Os cientistas descobriram que uma "série de fatores genéticos" produziriam mosquitos mais ou menos aptos a transmitir o vírus da dengue e que estes fatores estariam presentes na população natural dos insetos, explicaram em comunicado conjunto o CNRS e o Instituto Pasteur.
Uma equipe de cientistas do Instituto Pasteur de Paris, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS) e do Centro de Pesquisa Militar Tailandês-americano (Afrims) se dedicou ao estudo dos fatores genéticos que determinam a transmissão do vírus da dengue pelo mosquito 'Aedes aegypti'.
Atualmente, existem quatro grandes tipos (sorotipos) do vírus causador desta doença, que provoca, entre outros sintomas, febre, dores de cabeça, nos músculos e articulações, assim como erupções cutâneas.
Em forte progressão no mundo, a dengue se tornou endêmica em mais de 100 países e emergente em novas regiões, com os primeiros casos autóctones registrados na Europa continental na França e na Croácia.
Várias equipes de cientistas no mundo trabalham atualmente sobre as interações entre o vírus da dengue e o mosquito vetor, o 'Aedes egypti', que também é o principal transmissor da febre amarela.
A esperança é poder um dia selecionar os mosquitos resistentes a este vírus ou os menos capazes de transmiti-lo ao homem, a fim de romper o ciclo da doença.
A equipe franco-tailandesa-americana trabalhou com mosquitos selvagens capturados na Tailândia para efetuar um levantamento dos fatores genéticos do inseto que condicionam a transmissão do vírus ao homem.
Os cientistas descobriram que uma "série de fatores genéticos" produziriam mosquitos mais ou menos aptos a transmitir o vírus da dengue e que estes fatores estariam presentes na população natural dos insetos, explicaram em comunicado conjunto o CNRS e o Instituto Pasteur.
Fonte: pernambuco.com
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